sexta-feira, 17 de abril de 2020

METODOS CENTRADOS NO ALUNO


MÉTODOS CENTRADOS NO ALUNO

HELFAS SAMUEL-Licenciado em Ensino Básico com habilitações em supervisão e inspecção escolar-Universidade Pedagógica-Gaza
Contactos: 842849771/863498270)
Facebock: Helfas Samuel. Pagina: A Escola é uma Paciência

“FREELANCER DE CONTEÚDOS ”

1.Introdução

O presente trabalho versa sobre “métodos centrados no aluno” onde de forma mais objectiva vamos identificar e caracterizar os métodos centrados no aluno, tendo em conta a nossa situação real no Processo de Ensino Aprendizagem.
Os autores que debruçam sobre a materia em estudo são varios, o que possibilitou a concretização dos objectivos definidos no trabalho, os autores consultados estão devidamente citados dentro do trabalho e nas referencias bibliografias o ultimo capitulo deste trabalho.
De salientar que para melhor percepção do trabalho abriu-se um sub item onde encontram-se definições de alguns conceitos gerais a volta do tema exposto.
A metodologia usada para a relização deste trabalho foi a consulta bibliografica, que constitui a leitura  e análise das informações de várias obras que debruçam sobre o tema em causa.


 


 



1.1.Objectivos

1.1.1.Objectivo geral

·         Compreender os métodos centrados no aluno

1.1.2.Objectivos específicos

·         Conceituar Método;
·         Identificar os métodos centrados no aluno;
·         Caracterizar métodos centrados no aluno;

1.2.Metodologia

Para a elaboração do presente trabalho para além dos conhecimentos práticos que possuímos, baseamo-nos na pesquisa bibliográfica, onde trouxemos interpretações sólidas e fundamentadas por diferentes autores de destaque que debruçaram sobre o tema em alusão e também recorremos a pesquisa documental, para recolher informações em diversos relatórios, monografias e teses de doutoramento.









2.Revisão bibliográfica

¾    Conceitos
Piletti (2004:102)̎ método o significado etmologico da palavra método é o caminho a seguir para alcançar um fim. Para o nosso objectivo podemos conceituar método como sendo um roteiro geral para actividade. Portanto método é um caminho que leva até certo ponto, sem ser o veiculo de chegada, que é a técnica.
Na optica de  Lakatos (2005: 134) “Método é um meio usado para alcançar certos objectivos. Assim podemos falar de método de ensino aprendizagem como meio de levar o aluno adquirir os conhecimentos, hábitos, habilidades”.
Segundo Libaneo, (1990:150) define ʺ Método  é o caminho para atingir um objectivo.Assim métodos são meios adequados para atingir um determinado objectivȍ actividades do ensino”.
Na óptica de Nivagara apud Santanna et all Método de ensino é um modo de conduzir a aprendizagem, buscando o desenvolvimento integral do educando, através de uma organização precisa de procedimentos que favoreçam a consecução dos propósitos estabelecidos.
Método de ensino ou didáctico é o conjunto de procedimentos lógica e psicologicamente ordenados, de que se vale o professor, para levar o educando a elaborar conhecimentos, a adquirir técnicas ou habilidades e a incorporar atitudes e ideais. (Nérici).
Com base nestes conceitos, métodos de ensino são acções do professor pelas quais se organizam as actividades de ensino e dos alunos para atingir objectivos do trabalho docente em relação a um conteúdo específico.




Perante uma turma, mas sobretudo durante a fase de planificação da aula, provavelmente o professor se pergunta sobre que métodos utilizar. Para responder a esta questão importa, pois, do lado professor ter um inventario geral sobre as possibilidades de métodos que se podem utilizar no PEA. É neste contexto que pretendemos identificar e descrever os métodos de ensino que tenham como foco o aluno (NIVAGARA (sd))
Na óptica de Nivagara (sd: 170) apud  De Klingberg, considera-se a existências de três métodos básicos no processo de ensino aprendizagem:
·         Método expositivo
·         Elaboração conjunta
·         Trabalho independente

Diante destes três métodos, só vamos focar nos dois últimos que são os que centram as atenções nos alunos, ou seja, nos métodos “elaboração conjunta e trabalho independente” o aluno é que é o foco da instrução conforme a descrição adiante.


2.1.Método de Elaboração Conjunta

Segundo LIBANEO apud  BONNET et all (2007:38) o método de elaboração conjunta é uma forma de interacção activa entre professor e os alunos visando a obtenção de novos conhecimentos, habilidades, atitudes e convicções já adquiridas. Ela supõe um conjunto de condições prévias: A incorporação pelos alunos dos objectivos em atingir o domínio de conhecimentos básicos ou a disponibilidade pelos alunos de conhecimentos e experiencias que mesmo não sistematizando, são pontos de partida para o trabalho de elaboração conjunta.
Assim, o método de elaboração conjunta é uma tipologia que corresponde duas técnicas a saber:
·         Questionários e respostas
·         Interrogatório e seminário.
Na técnica, o professor conduz os alunos a aplicação de conhecimentos e aproveita a conhecer a experiencia dos mesmos. Todavia, nenhuma técnica é mal conduzida como esta em nossas escolas devido ao aspecto repreensivo que tem assumido.
Quanto ao método interrogatório tem sinonimo de castigo, forma de pegar ao aluno na curva para o aluno ter notas baixas.

2.1.1.Tarefas do professor

Na técnica interrogatória assim como a técnica de seminário, o professor deve criar uma atmosfera em que os alunos se sintam motivados para responderem, contribuir e participar na discussão.
·         Fazer com que todos participe;
·         Deixar ao aluno terminar de falar;
·         Aproveitar respostas incorrectas para discussão fazendo com que os outros colegas participem na discussão;
·         O aluno deve ficar a saber que está certo ou errado na contribuição;
·         Fazer a gestão do tempo.

2.1.2.Vantagens

·         Elaboração conjunta é um excelente procedimento de promover assimilação activa dos contactos, suscitados, actividade mental dos alunos  não simplesmente atitude receptiva;
·         Dá a possibilidade do aluno se expressar dando o seu ponto de vista, o aluno aprende a respeitar as opiniões dos outros;
·         Desenvolve espírito de investigação, pois permite ao professor controlar as emoções, dúvidas e conhecimento dos alunos.
·         Desenvolvi a capacidade de formar opiniões e pontos de vista;
·         Desenvolve o respeito pelas opiniões dos outros;
·         Facilita o controle imediato do nível de assimilação/aprendizagem dos alunos;
·         Faculta o enriquecimento da aprendizagem pelas contribuições de muitos.

2.1.3.Desvantagens

·         Pode levar ao incumprimento dos programas de ensino;
·         Exige muito tempo;
·         A aprendizagem “perde–se » na conversa quando não há uma orientação muito boa ;
·         Os alunos não contribuem por se sentirem avaliados (e terem medo de errar/falhar);
·         Maior dificuldade de desenvolvimento orgânico e sistemático do PEA.

2.1.4.Algumas orientações gerais

·         Ter em conta certas condições prévias: a incorporação pelos alunos dos objectivos a atingir, o domínio de conhecimentos básicos ou a disponibilidade pelos alunos de conhecimentos e experiências que, mesmo não sistematizados, são pontos de partida para o trabalho de elaboração conjunta;
·         Criar uma atmosfera em que os alunos se sintam estimulados para responderem/contribuírem/participarem na discussão;
·         Fazer com que todos participem;
·         Deixar o aluno terminar de falar;
·         Aproveitar respostas incorrectas para a discussão, fazendo com que os colegas participem na discussão;
·         O aluno deve ficar a saber o que estava certo e/ou errado na sua

2.2.Método de Trabalho independente

Este método consiste em realizar tarefas dirigidas e orientadas pelo professor, para que os alunos as resolvam de modo relativamente independentes e criadores. O aspecto mais importante do método de trabalho independente é actividade mental dos alunos.

2.2.1.Algumas formas de realização

2.4.2.1ª Forma: Estudo dirigido individual ou em grupo.

Ele se cumpre basicamente por meio de duas funções: a realização de exercícios e tarefas de reprodução de conhecimentos e habilidades que se seguem à explicação do professor; e a elaboração de novos conhecimentos a partir de questões sobre problemas diferentes daqueles resolvidos na turma.

2.2.3.2ª Forma: Fichas didácticas

A pesquisa escolar (resposta à questões com consulta a livros ou enciclopédias) e a instrução programada. As fichas didácticas englobam fichas de noções, de exercícios e de correcção. Cada tema estudado recebe uma numeração de acordo com a sequência do programa. Os alunos vão estudando os conteúdos, resolvendo os exercícios e comparando as suas respostas com as quais estão contidas nas fichas de correção.

2.2.4. Vantagens

·         Consiste em desenvolver ao aluno habilidades de auto aprendizagem e de confiança a si próprio;
·         Sistematizar e consolidar conhecimentos, habilidades e hábitos;
·         Possibilita ao aluno o desenvolvimento da capacidade de trabalhar de forma livre e criativa;
·         Facilita ao professor a observar as dificuldades de cada aluno e o seu progresso, como a verificação da eficácia do trabalho;
·         Aumenta a efectividade do processo de assimilação, uma vez que o trabalho independente conduz, por regra geral, a uma assimilação mais consciente, profunda e duradoira;
·         A atitude instável de alguns alunos diante da aprendizagem se estabiliza quando tem que resolver verdadeiras tarefas;
·         Possibilita trabalho diferenciado dos alunos, com ou sem apoio do professor. Razão pela qual o trabalho independente pode possibilitar aproximar os rendimentos dos « alunos fracos » aos dos « alunos fortes » ;
·         Quando em grupo, permite o desenvolvimento de atitudes e comportamentos de trabalho em equipe com os colegas;
·         Permite sistematizar e consolidar conhecimentos, habilidades e hábitos.

2.2.5.Desvantagens

·         Falta de meios de apoio, tarefas demasiadamente difíceis, falta do controle do tempo;
·         Falta de contrôle do tempo, por exemplo para avaliação/discussão com todos ;
·         Tarefas demasiado defíceis ou fáceis ;
·         Orientação insuficiente para a execução das tarefas ou exercícios
·         Falta de materiais/meios para o cumprimento da tarefa.

2.2.6.Algumas orientações

 Planificar o trabalho independente, pressupondo:
·         Avaliar o tempo
·         Dar orientações claras
·         Proporcionar materiais/meios necessários
·         Verificar qual parte do tema ou da unidade da matéria é mais apropriada para o trabalho independente dos alunos
·         Ter em conta sobre “como tem lugar a colocação e distribuição das tarefas pelos alunos” (ex: fases de aulas, distribuição das tarefas pelos diferentes alunos, formação de grupos de trabalho independente, etc)
·         Acompanhar de perto o trabalho, tanto o individual, como o em grupo
·         Aproveitar o resultado das tarefas (de um aluno ou grupo) para toda a turma;
·         Dar tarefas claras, compreensíveis e adequadas, à altura dos conhecimentos e capacidades de raciocínio dos alunos.

2.3.Relação método independente e elaboração conjunta

O trabalho independente e a elaboração conjunta completam-se, o ciclo das funções didacticas. Dizemos o ciclo porque, na verdade, a sua utilização não significa especificamente que teríamos que recomendar uma delas em separada para cada aula ou conjunto de aulas, senão que deve ser articulando essas tipologias  métodicas bàsicas e as respectivas formas de realização, de modo que, numa aula, poderemos ter momentos em que se utiliza esta ou aquela tipologia métodica bàsica, esta ou aquela forma de realização das diferentes tipologias metódicas bàsicas. É precisamente nesta articulação que reside a capacidade criadora do professor e a de utilizar os métodos de ensino e aprendizagem de forma fléxivel e dinâmica, tornando a aula viva.

 



3.Conclusão

Chegados ao fim do trabalho com o tema ‘métodos centrados no aluno ”o grupo concluiu que os métodos regulam as formas de interacção entre ensino e aprendizagem entre o professor e alunos, cujo resultado é assimilação consciente dos conhecimentos e o desenvolvimento das capacidades cognoscitivas e operativas dos alunos.
Portanto os métodos de ensino são acções do professor pelas quais se organizam as actividades de ensino e dos alunos para atingir objectivos do trabalho docente em relação a um conteúdo específico.
De uma forma sintética, os métodos de ensino dependem dos objectivos que se formulam tendo em vista o conhecimento e a transformação da realidade. Portanto durante o processo de ensino e aprendizagem encontramos vários métodos para serem aplicados na mediação dos conteúdos e os mais usuais destacam-se:
·         Expositivos;
·         Elaboração Conjunta; e
·         O método de trabalho independente.
Destes, conforme as intensivas leituras feitas conclui-se os que estão centrados no aluno sao: método de elaboração conjunta-consiste numa interacção activa entre o professor e os alunos visando a obtenção de novos conhecimentos, habilidades, atitudes e convicções, bem como a fixação e consolidação de conhecimentos e convicções já adquiridos e método de trabalho independente que caracteriza–se por uma maior actividade visível dos alunos, individualmente ou em grupo.



4.Referências Bibliográficas

¾     NIVAGARA. D.D. Modulo de Didática Geral (aprender a ensinar). Ed. Anilda Ibrahimo Khan, Maputo.
¾    LIBÂNEO, João Claudino. Didáctica, Cortez. Ed. S .Paulo, 1990
¾    PILETTI, Cláudio. Didáctica Geral. 12ed. Ática, São Paulo, 1992.
¾    NÉRICI, I.G. Introdução a Didáctica Geral, 2ed.Edições Atlas. São Paulo, 1989.
¾     NÉRICI, I. G. Didáctica Geral, 16ed.Edições Atlas. São Paulo, 1991.







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