MÉTODOS
CENTRADOS NO ALUNO
/ESTAGIO PEDAGÓGICO/
1.Introdução
O presente trabalho versa sobre “métodos centrados no aluno” onde de
forma mais objectiva vamos identificar e caracterizar os métodos centrados no
aluno, tendo em conta a nossa situação real no Processo de Ensino Aprendizagem.
Os autores que debruçam sobre
a materia em estudo são varios, o que possibilitou a concretização dos
objectivos definidos no trabalho, os autores consultados estão devidamente
citados dentro do trabalho e nas referencias bibliografias o ultimo capitulo
deste trabalho.
De salientar que para melhor
percepção do trabalho abriu-se um sub item onde encontram-se definições de
alguns conceitos gerais a volta do tema exposto.
A metodologia usada para a relização
deste trabalho foi a consulta bibliografica, que constitui a leitura e análise das informações de várias obras que
debruçam sobre o tema em causa.
1.1.OBJECTIVOS
1.1.1.OBJECTIVO GERAL
·
Compreender
os métodos centrados no aluno
1.1.2.OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
·
Conceituar
Método;
·
Identificar
os métodos centrados no aluno;
·
Caracterizar
métodos centrados no aluno;
1.2.METODOLOGIA
Para a elaboração do presente trabalho
para além dos conhecimentos práticos que possuímos, baseamo-nos na pesquisa
bibliográfica, onde trouxemos interpretações sólidas e fundamentadas por diferentes
autores de destaque que debruçaram sobre o tema em alusão e também recorremos a
pesquisa documental, para recolher informações em diversos relatórios,
monografias e teses de doutoramento.
2.REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
¾ Conceitos
Piletti (2004:102)̎ método o
significado etmologico da palavra método é o caminho a seguir para alcançar um
fim. Para o nosso objectivo podemos conceituar método como sendo um roteiro
geral para actividade. Portanto método é um caminho que leva até certo ponto,
sem ser o veiculo de chegada, que é a técnica.
Na optica de Lakatos (2005: 134) “Método é um meio usado
para alcançar certos objectivos. Assim podemos falar de método de ensino
aprendizagem como meio de levar o aluno adquirir os conhecimentos, hábitos,
habilidades”.
Segundo Libaneo, (1990:150)
define ʺ Método é o caminho para atingir
um objectivo.Assim métodos são meios adequados para atingir um determinado
objectivȍ actividades do ensino”.
Na óptica de Nivagara apud Santanna et all Método de ensino é um modo de conduzir a
aprendizagem, buscando o desenvolvimento integral do educando, através de uma
organização precisa de procedimentos que favoreçam a consecução dos propósitos estabelecidos.
Método de ensino ou didáctico é o conjunto de
procedimentos lógica e psicologicamente ordenados, de que se vale o professor,
para levar o educando a elaborar conhecimentos, a adquirir técnicas ou
habilidades e a incorporar atitudes e ideais. (Nérici).
Com
base nestes conceitos, métodos de ensino são acções do professor pelas quais se
organizam as actividades de ensino e dos alunos para atingir objectivos do
trabalho docente em relação a um conteúdo específico.
Perante uma turma, mas sobretudo durante a
fase de planificação da aula, provavelmente o professor se pergunta sobre que
métodos utilizar. Para responder a esta questão importa, pois, do lado
professor ter um inventario geral sobre as possibilidades de métodos que se
podem utilizar no PEA. É neste contexto que pretendemos identificar e descrever
os métodos de ensino que tenham como foco o aluno (NIVAGARA (sd))
Na óptica de Nivagara (sd: 170) apud
De Klingberg, considera-se a existências de três métodos básicos no
processo de ensino aprendizagem:
·
Método expositivo
·
Elaboração conjunta
·
Trabalho independente
Diante destes três métodos, só
vamos focar nos dois últimos que são os que centram as atenções nos alunos, ou
seja, nos métodos “elaboração conjunta e trabalho independente” o aluno é que é
o foco da instrução conforme a descrição adiante.
2.1.MÉTODO DE
ELABORAÇÃO CONJUNTA
Segundo LIBANEO apud
BONNET et all (2007:38) o
método de elaboração conjunta é uma forma de interacção activa entre professor
e os alunos visando a obtenção de novos conhecimentos, habilidades, atitudes e
convicções já adquiridas. Ela supõe um conjunto de condições prévias: A
incorporação pelos alunos dos objectivos em atingir o domínio de conhecimentos
básicos ou a disponibilidade pelos alunos de conhecimentos e experiencias que
mesmo não sistematizando, são pontos de partida para o trabalho de elaboração
conjunta.
Assim, o método de elaboração conjunta é uma tipologia
que corresponde duas técnicas a saber:
·
Questionários e respostas
·
Interrogatório e seminário.
Na técnica, o professor conduz os alunos a aplicação
de conhecimentos e aproveita a conhecer a experiencia dos mesmos. Todavia,
nenhuma técnica é mal conduzida como esta em nossas escolas devido ao aspecto
repreensivo que tem assumido.
Quanto ao método interrogatório tem sinonimo
de castigo, forma de pegar ao aluno na curva para o aluno ter notas baixas.
2.1.1.TAREFAS DO
PROFESSOR
Na técnica interrogatória assim como a
técnica de seminário, o professor deve criar uma atmosfera em que os alunos se
sintam motivados para responderem, contribuir e participar na discussão.
·
Fazer
com que todos participe;
·
Deixar
ao aluno terminar de falar;
·
Aproveitar
respostas incorrectas para discussão fazendo com que os outros colegas
participem na discussão;
·
O aluno
deve ficar a saber que está certo ou errado na contribuição;
·
Fazer a
gestão do tempo.
2.1.2.VANTAGENS
·
Elaboração
conjunta é um excelente procedimento de promover assimilação activa dos
contactos, suscitados, actividade mental dos alunos não simplesmente atitude receptiva;
·
Dá a
possibilidade do aluno se expressar dando o seu ponto de vista, o aluno aprende
a respeitar as opiniões dos outros;
·
Desenvolve
espírito de investigação, pois permite ao professor controlar as emoções,
dúvidas e conhecimento dos alunos.
·
Desenvolvi
a capacidade de formar opiniões e pontos de vista;
·
Desenvolve
o respeito pelas opiniões dos outros;
·
Facilita
o controle imediato do nível de assimilação/aprendizagem dos alunos;
·
Faculta
o enriquecimento da aprendizagem pelas contribuições de muitos.
2.1.3.DESVANTAGENS
·
Pode
levar ao incumprimento dos programas de ensino;
·
Exige muito tempo;
·
A
aprendizagem “perde–se » na conversa quando não há uma orientação muito boa ;
·
Os
alunos não contribuem por se sentirem avaliados (e terem medo de errar/falhar);
·
Maior
dificuldade de desenvolvimento orgânico e sistemático do PEA.
2.1.4.ALGUMAS
ORIENTAÇÕES GERAIS
·
Ter em
conta certas condições prévias: a incorporação pelos alunos dos objectivos a
atingir, o domínio de conhecimentos básicos ou a disponibilidade pelos alunos
de conhecimentos e experiências que, mesmo não sistematizados, são pontos de
partida para o trabalho de elaboração conjunta;
·
Criar
uma atmosfera em que os alunos se sintam estimulados para
responderem/contribuírem/participarem na discussão;
·
Fazer
com que todos participem;
·
Deixar
o aluno terminar de falar;
·
Aproveitar
respostas incorrectas para a discussão, fazendo com que os colegas participem
na discussão;
·
O aluno
deve ficar a saber o que estava certo e/ou errado na sua
2.2.MÉTODO DE TRABALHO INDEPENDENTE
Este método consiste em realizar tarefas
dirigidas e orientadas pelo professor, para que os alunos as resolvam de modo
relativamente independentes e criadores. O aspecto mais importante do método de
trabalho independente é actividade mental dos alunos.
2.2.1.ALGUMAS FORMAS DE
REALIZAÇÃO
2.4.2.1ª FORMA: ESTUDO
DIRIGIDO INDIVIDUAL
OU EM GRUPO.
Ele se cumpre basicamente por meio de duas
funções: a realização de exercícios e tarefas de reprodução de conhecimentos e
habilidades que se seguem à explicação do professor; e a elaboração de novos
conhecimentos a partir de questões sobre problemas diferentes daqueles
resolvidos na turma.
2.2.3.2ª FORMA: FICHAS
DIDÁCTICAS
A pesquisa escolar (resposta à questões com
consulta a livros ou enciclopédias) e a instrução programada. As fichas
didácticas englobam fichas de noções, de exercícios e de correcção. Cada tema
estudado recebe uma numeração de acordo com a sequência do programa. Os alunos
vão estudando os conteúdos, resolvendo os exercícios e comparando as suas
respostas com as quais estão contidas nas fichas de correção.
2.2.4. VANTAGENS
·
Consiste
em desenvolver ao aluno habilidades de auto aprendizagem e de confiança a si próprio;
·
Sistematizar
e consolidar conhecimentos, habilidades e hábitos;
·
Possibilita
ao aluno o desenvolvimento da capacidade de trabalhar de forma livre e
criativa;
·
Facilita
ao professor a observar as dificuldades de cada aluno e o seu progresso, como a
verificação da eficácia do trabalho;
·
Aumenta
a efectividade do processo de assimilação, uma vez que o trabalho independente
conduz, por regra geral, a uma assimilação mais consciente, profunda e
duradoira;
·
A
atitude instável de alguns alunos diante da aprendizagem se estabiliza quando
tem que resolver verdadeiras tarefas;
·
Possibilita
trabalho diferenciado dos alunos, com ou sem apoio do professor. Razão pela
qual o trabalho independente pode possibilitar aproximar os rendimentos dos «
alunos fracos » aos dos « alunos fortes » ;
·
Quando
em grupo, permite o desenvolvimento de atitudes e comportamentos de trabalho em
equipe com os colegas;
·
Permite
sistematizar e consolidar conhecimentos, habilidades e hábitos.
2.2.5.DESVANTAGENS
·
Falta
de meios de apoio, tarefas demasiadamente difíceis, falta do controle do tempo;
·
Falta
de contrôle do tempo, por exemplo para avaliação/discussão com todos ;
·
Tarefas
demasiado defíceis ou fáceis ;
·
Orientação
insuficiente para a execução das tarefas ou exercícios
·
Falta
de materiais/meios para o cumprimento da tarefa.
2.2.6.ALGUMAS
ORIENTAÇÕES
Planificar
o trabalho independente, pressupondo:
·
Avaliar
o tempo
·
Dar
orientações claras
·
Proporcionar
materiais/meios necessários
·
Verificar
qual parte do tema ou da unidade da matéria é mais apropriada para o trabalho
independente dos alunos
·
Ter em
conta sobre “como tem lugar a colocação e distribuição das tarefas pelos
alunos” (ex: fases de aulas, distribuição das tarefas pelos diferentes alunos,
formação de grupos de trabalho independente, etc)
·
Acompanhar
de perto o trabalho, tanto o individual, como o em grupo
·
Aproveitar
o resultado das tarefas (de um aluno ou grupo) para toda a turma;
·
Dar
tarefas claras, compreensíveis e adequadas, à altura dos conhecimentos e
capacidades de raciocínio dos alunos.
2.3.RELAÇÃO MÉTODO INDEPENDENTE E ELABORAÇÃO
CONJUNTA
O
trabalho independente e a elaboração conjunta completam-se, o ciclo das funções
didacticas. Dizemos o ciclo porque, na verdade, a sua utilização não significa
especificamente que teríamos que recomendar uma delas em separada para cada
aula ou conjunto de aulas, senão que deve ser articulando essas tipologias métodicas bàsicas e as respectivas formas de
realização, de modo que, numa aula, poderemos ter momentos em que se utiliza
esta ou aquela tipologia métodica bàsica, esta ou aquela forma de realização
das diferentes tipologias metódicas bàsicas. É precisamente nesta articulação
que reside a capacidade criadora do professor e a de utilizar os métodos de
ensino e aprendizagem de forma fléxivel e dinâmica, tornando a aula viva.
3.CONCLUSÃO
Chegados ao fim do trabalho com o tema ‘métodos
centrados no aluno ”o grupo concluiu que os métodos regulam as formas de
interacção entre ensino e aprendizagem entre o professor e alunos, cujo
resultado é assimilação consciente dos conhecimentos e o desenvolvimento das
capacidades cognoscitivas e operativas dos alunos.
Portanto os métodos de ensino são acções do
professor pelas quais se organizam as actividades de ensino e dos alunos para
atingir objectivos do trabalho docente em relação a um conteúdo específico.
De uma forma sintética, os métodos de ensino
dependem dos objectivos que se formulam tendo em vista o conhecimento e a
transformação da realidade. Portanto durante o processo de ensino e
aprendizagem encontramos vários métodos para serem aplicados na mediação dos
conteúdos e os mais usuais destacam-se:
·
Expositivos;
·
Elaboração Conjunta; e
·
O
método de trabalho independente.
Destes, conforme as intensivas leituras
feitas conclui-se os que estão centrados no aluno sao: método de elaboração conjunta-consiste numa interacção activa entre
o professor e os alunos visando a obtenção de novos conhecimentos, habilidades,
atitudes e convicções, bem como a fixação e consolidação de conhecimentos e
convicções já adquiridos e método de
trabalho independente que caracteriza–se por uma maior actividade visível
dos alunos, individualmente ou em grupo.
4.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
¾
NIVAGARA.
D.D. Modulo de Didática Geral (aprender a
ensinar). Ed.
Anilda Ibrahimo Khan, Maputo.
¾
LIBÂNEO,
João Claudino. Didáctica, Cortez. Ed. S .Paulo, 1990
¾
PILETTI,
Cláudio. Didáctica Geral. 12ed. Ática, São Paulo,
1992.
¾
NÉRICI,
I.G. Introdução a Didáctica Geral,
2ed.Edições Atlas. São Paulo, 1989.
¾
NÉRICI,
I. G. Didáctica Geral, 16ed.Edições
Atlas. São Paulo, 1991.
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