segunda-feira, 7 de outubro de 2019

HISTÓRIA DO SURGIMENTO DAS CIÊNCIAS SOCIAS

    Caixa de texto: HELFAS SAMUEL-Licenciado em Ensino Básico com Habilitações em Supervisão e Inspecção Escolar-Universidade Pedagógica-Gaza
Contactos: 842849771/863498270) 
Email: helfas16cumbane@gmail.com, 
Facebock: Helfas Samuel. Pagina: A Escola é uma Paciência
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NOME: HELFAS SAMUEL
DISCIPLINA: Didáctica de Ciências Sociais
TEMA: História do surgimento das Ciências Socias
OBJECTIVOS:
·         Analisar o marco historico do surgimento das ciências Socias;
·         Identificar os factores da emergência das ciências sociais.






História do surgimento das Ciências Sociais
  1. Revolução Industrial
A Revolução Industrial foi marcada pelo surgimento da indústria capitalista após o desenvolvimento da máquina a vapor, e consequentemente, pelo controle de terras e ferramentas de trabalho.
Com o surgimento das indústrias muitos trabalhadores migraram do meio rural para a cidade. No entanto essas cidades não tinham a infra-estrutura necessária para atender ao grande êxodo rural, isso fez com que a criminalidade, violência e doenças  tomassem grandes proporções, mesmo os trabalhadores que permaneceram no campo viviam em condições nefastas, uma vez que não tinham como concorrer com as empresas que se tornaram grande proprietárias de terra.
Essas mudanças tiveram grande efeito sobre os trabalhadores artesanais. Antes do surgimento das indústrias, o artesão tinha todo o conhecimento do processo produtivo (desde o preparo da matéria prima até o acabamento final - início ao fim do processo) e no tempo livre plantavam, criavam animais para complementar as necessidades para a sobrevivência familiar.
Porém, com o avanço das indústrias, esses trabalhadores também foram perdendo espaço, pois não podiam concorrer com as mesmas. As corporações de ofício onde o conhecimento era passado do mestre ao aprendiz e, que até então controlavam o trabalho artesanal nas manufaturas, acabaram por desaparecer.
Com todos esses acontecimentos vários pensadores que não eram cientistas nem sociólogos começaram a ver a sociedade como um problema/um objeto a ser investigado com intuito de desenvolver ações que pudesse modificar/reformar a realidade da sociedade. Participavam de debates que envolviam liberais, socialistas e conservadores. Eles eram militantes políticos que se envolviam e queriam resolver os problemas sociais.
  1. A  Revolução Francesa
 As mudanças foram na forma de pensamento da sociedade. Essa mudança teve como influências as mudanças ocorridas no ocidente, na forma de conhecer a natureza e a cultura: ainda predominava a teologia - a vontade de Deus que era a explicação para tudo. Aos poucos o sobrenatural foi perdendo lugar para a ciência. Passou-se a analisar os fenômenos sociais por meio da experiência e observação, por meio da acumulação de fatos.
Nesse primeiro momento, as Ciências Sociais utilizaram os mesmos métodos de pesquisa até então usados na exploração dos fenômenos da natureza pelas ciências exatas e biológicas. Durkheim foi um dos primeiros a sistematizar um método próprio de pesquisa para as Ciências Sociais, seguido por outros autores.
Mas, a questão principal da época para os pensadores  que - devido aos antagonismos de classe - não chegavam a um consenso, gerando um questionamento central: conservar ou transformar radicalmente essa sociedade..
Na actualidade, as Ciências Sociais tem desempenhado importante papel no estudo das relações sociais, inter-raciais, de grupos sociais diversos, das culturais tradicionais e urbana, e das relações de poder.




Factores da emergência das ciências sociais
A emergência das Ciências Sociais teve como factores:
a)      A Revolução Industrial que representou uma mudança na base económica da sociedade; e
b)       A Revolução Francesa que por sua vez representou uma mudança na forma de pensar das pessoas.
Essas mudanças determinaram profundas mudanças na sociedade, gerando a necessidade de uma análise pormenorizada por parte dos pensadores da época que visavam solucionar os problemas sociais da época.
Bibliografia consultada:
·         MARTINS, Carlos Benedito. O que é sociologia. 38ªed, São Paulo: Brasileinse, 1994; Para mais detalhes esta disponível em: (https://sites.google.com/site/surgimentociso/).

domingo, 15 de setembro de 2019

RESUMO DE TEORIA E PRATICA DE FORMACAO DE PROFESSORES


RESUMO DE TEORIA E PRATICA DE FORMACAO DE PROFESSORES                     



HELFAS SAMUEL-Licenciado em Ensino Básico com habilitações em supervisão e inspecção escolar-Universidade Pedagógica-Gaza
Contactos: 842849771/863498270)
Facebock: Helfas Samuel. Pagina: A Escola é uma Paciência



/FREELANCER DE CONTEUDO/

PREPARAÇÃO PARA TEORIA E PRATICA DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES
 1 Conceito Formação sob diversas autorias (Ex. Menze, Honoré, Woodring, Diéguez,)
a)      Menze (Formação): linguagem técnica em educação, formação de utente, dos pais e sexual.
b)      Honoré (Formacao): é uma função social, um processo de desenvolvimento e estruturação da pessoa ou seja conjunto de acções levadas a cabo com vista a transmissão de saberes, em particular, o saber-fazer.
c)      Woodring (Formação): é educação daqueles que vão ser professores.
d)     Diéguez (Formação): é um ensino profissionalizante para o ensino.
e)      Garcia (formação):função social de transmissão de saberes, saber-fazer, ser que se exerce em benefício do sistema económico ou da cultura dominante ou seja constitui processo de desenvolvimento e de estruturação da pessoa que se realiza com duplo efeito de uma maturação interna e de possibilidades de aprendizagem, de experiencias dos sujeitos.
Resumidamente: formação é conjunto de acções levadas a cabo com vista a transmissão de saberes, em particular, o saber-fazer.
Formação de professores: É um processo sistemático e/ou contínuo, virado para o estudo dos processos através dos quais os professores em formação e em exercícios adquirem ou melhoram os conhecimentos, competências e disposições relativas ao serviço da docência.
2.Conceitos Formação e Formação de Professores – abordagens conceptuais
3. Orientações Conceptuais da Formação de Professores
Orientação académica: A formação de professores consiste na transmissão de conhecimentos científicos e culturais de modo a dotar os professores de uma formação especializada, centra da principalmente no domínio dos conceitos e estrutura disciplinar da matéria em que é especialista
Orientação tecnológica: inspira-se na Psicologia condutista e percebe-se que o ensino é uma ciência aplicada, e o professor é um técnico que domina as aplicações do conhecimento produzido por outros e transforma o em regras de acção. Está volta para o conhecimento e as destrezas necessárias para o ensino.
Orientação personalista: O ponto central é a pessoa com todos os seus limites e possibilidades, ensinar não é só uma técnica. É também uma revelação de si mesmo e dos outros, o comportamento de um sujeito depende do modo como eles e percebe a si próprio, de como entende a situação em que está inserido.
Orientação pratica: ensino como uma actividade complexa, que se desenvolve em cenários singulares, claramente determinada pelo contexto, com resultados em grande parte imprevisíveis e carregada de conflitos de valor que exige opções éticas e políticas
Orientação Sócial-reconstrucionista: Possui uma estreita ligação com a orientação prática, a reflexão inclui em si o compromisso ético e social da procura de práticas educativas e sociais mais justas e democráticas, professores são concebidos como activistas políticos e sujeitos comprometidos com o seu tempo.
As logicas de formação
A lógica epistémica: referente aos dos conteúdos e métodos, é a lógica do conhecimento. É a “formação em” alguma coisa, a formação em pedagogia, por ex.
A lógica socioeconómica é aquela da adaptação aos contextos culturais ou profissionais. É a lógica das primeiras definições de uma formação profissional: é a “formação para” alguma coisa, tendo em vista uma adaptação à sociedade
Logica psicologia: é aquela da evolução do indivíduo, da mudança qualitativa. A mudança individual é pensada em termos psíquicos, em termos de crise, ruptura e superação. É a lógica de formação que leva o indivíduo a se questionar, a modificar suas práticas e seus modos de relação com o mundo.
Os polos de Formação – significado e cruzamento entre estes
Cruzamento entre Lógicas e polos de Formação na teorização da Formação de Professores.
·         Polo 1: Sujeito= logica psicológica
·         Polo 2: Situação= logica socioprofissional
·         Polo 3: Conhecimento=logica epistémica
Os sete princípios de formação propostos pelo prof. Garcia
Princípio de formação de professores como um processo contínuo: a formação de professores é um processo composto por fases claramente distintas, desde a formação inicial, passando pela iniciação da carreira, até ao desenvolvimento profissional. Observando nisto, os princípios éticos, didácticos e pedagógicos em cada fase.
Princípio integração da formação de professores em processos de mudanças, inovação e desenvolvimento curricular: a formação de professores deve ser doseado em função da dinâmica (mudanças) curricular, Deve ser concebida como uma estratégia para a melhoria do ensino
Princípio de inserção dos processos de formação de professores ao desenvolvimento organizacional da escola: a planificação da formação de professores, em qualquer que seja a fase, deve partir da perspectiva organizacional a escola a que pertence o sujeito.
Princípio de integração entre a formação de professores em relação aos conteúdos académicos/disciplinares e a formação pedagógica dos professores: aos processos da formação de professores deve ser estabelecida uma relação intrínseca dos conteúdos científicos e dos conteúdos didáctico pedagógico. Assim ter-se-á a diferença entre o professor e o especialista
Princípio de integração da teoria e da prática no processo de formação de professores: o futuro professor deve ser preparado de tal forma que possa desenvolver um conhecimento próprio, produtos das experiências e suas vivências pessoais
Princípio de procurar o isomorfismo entre a formação recebida pelo professor e a educação que lhe será pedido posteriormente a desenvolver: •Deve ser estabelecida a congruência entre o conhecimento didáctico do conteúdo e o conhecimento pedagógico. Portanto, é necessário que dê maior atenção não apenas ao contudo que o professor deverá dar, como também á riqueza metodológica deste.
Princípio de individualização do processo de formação de professores: implica individualização do processo do ponto de vista: de professor, enquanto indivíduo, pessoa, uma unidade, de um grupo de professores, enquanto uma unidade da escola.
Teorias de Formação de Professores: dá-ênfase à necessidade de se estudar o processo de aprendizagem dos professores enquanto pessoas adultas, olhar os processos de aprendizagem, relevância que se tem de instruir professores, conhecer as destrezas dos professores, princípios de formação de um individuo adulto que já não é criança. Professores representam sujeitos que cuja actividade profissional os leva a implicar-se em situações formais e informais de aprendizagem
Teorias sobre as etapas do desenvolvimento cognitivo dos professores: o desenvolvimento não é estático nem uniforme, sendo caracterizado por uma constante mudança e, como tal, os modelos teóricos devem procurar descrever e explicar a natureza da mudança e os processos de mudanças nas pessoas adultas. Centra-se nos aspectos cognitivos e emocionais, descreve as transformações que ocorrem nas formas de construir e dar sentido as experiencias por parte dos adultos. Enfatiza que os seres humanos processam experiencias nas quais se implicam através de estruturas cognitivas/etapas, estas estruturas organizam-se numa sequencia hierárquica desde menos complexos a mais complexas
Teorias sobre as etapas de preocupações dos professores:
Em preocupação deve se ter em conta as necessidades e exigências específicas dos professores que se implicam em processos de mudança, e podem ser representadas por sentimentos, inquietações, pensamentos e considerações por uma questão particular ou uma tarefa. Os modelos devem procurar satisfazer as necessidades, atitudes, competências dos professores através do fornecimento de actividades de apoio (proporcionar materiais, seminários)
·         0.tomada de consciencia: pouca preocupacao ou implicacao relativamente a inovacao, nao se pensa muito nisso.
·         1.Informacao: tomada de consciencia geral sobre inovacao e interesse por aprender mais detalhes. O professor não parece estra procupado enquanto pessoa relativamente a inovacao. Esta interessado nos aspectos substantivos, caracteristicas gerais, efeitos e requisitos.
·         2.Pessoal: o professor desconhece as exigencias da inovacao, se é capaz de cumpri essas exigencias e o seu papel na inovacao.  Inclui a analise do seu papel em relacao a estrutura de recompensas da organizacao, tomada de decisoes e conflitos ponteciais com estruturas existentes.
·         3.Gestao: preta atencao aos processoes e tarefas dos utentes da inovacao e ao melhor uso da informacao e dos recursos relativos a eficacia, organizacao, gestao, horarios, exigencias de tempo.
·         4.Consequencia: presta atencao ao impacto da inovacao nos alunos, para a sua avaliacao, com a pertinencia da inovacao para os estudantes, a avaliacao do aproveitamento e as mudancas necessarias para melhor  esse aproveitamento.
·         5.Colaboracao: procupa-se com a coordenacao e cooperacao com outros no uso da inovacao, com o onjectivo de servir melhor os estudantes.
·         6.Reenfoque: preocupa-se em explorar vantagens adicionacoes da inovacao, maiores possibilidades de umdanca e reajustamentos, professor tem algumas ideias sobre alternativas a inovacao proposta ou existente.

Teorias sobre os ciclos vitais dos professores:
Deve se compreender a evolução dos professores estabelecendo-se relações entre idades e ciclos vitais destes, suas características pessoais e profissionais. Obedecendo as fases descritas por Sikes onde:
·         1ª Fase 21-28 anos; os problemas de disciplina que mais preocupam, devido a ausência de autoridade
·         2ª Fase 28-33 anos: fase de estabilidade no posto de trabalho para uns e a procura de um novo emprego para outros. Nesta fase o professor começa a estar integrado no ensino do que no domínio do conteúdo.
·         3ª Fase 30-40 anos: os professores preocupam-se com promoções, relacionam vida pessoal e profissional, perdido de grande capacidade física e intelectual.
·         4ª Fase 40-50/55 anos: os professores já se adaptaram a maturidade, adaptando novos papéis na escola e no sistema educativo, recaem muitas responsabilidades.
·         5 Fase: 50/55 fase de preparação da jubilação em que professores afrouxam a disciplina, assim como suas exigências face aos alunos.
Paradigmas e Modelos de Formação de Professores em Zeichner
Modelo=esboço
Paradigma=pratica, crenças, valores, conjunto de modelos, modo de pensar de uma dada geração. Neste momento a formação eh regida por estas crenças.
Os paradigmas são:
·         Comportamentalista: baseada em uma epistemologia positivista e na psicologia comportamentalista. Valoriza-se: a dimensão tecnicista do ensino, a formação tende a restringir-se a um conjunto de técnicas, o professor é visto como um simples executor de leis e tarefas.
·         Personalista: fundamentada na epistemologia fenomenológica, na psicologia do desenvolvimento e em princípios humanistas, a educação deve estar centrado no formando de modo a que este possa estruturar e desenvolver a sua personalidade, a formação reproduz o contexto social e educativo vigente.
·         Tradicional-Artesanal: o ensino é visto como uma arte e os professores como artífices, a formação dos professores é encarada como um processo de aprendizagem construído por tentativas e erros, acentua o papel do professor enquanto académico e especialista em matérias de estudo, assume formas diferentes, dependendo das disciplinas a leccionar e do saber das disciplinas subjacentes
·         O professor reflexivo: baseia-se no pressuposto de que não há receitas válidas para qualquer situação. Esta teoria considera que quanto maior for a consciência do professor sobre as origens e consequências das suas acções e da realidade que o constrange, maior será a sua probabilidade de controlar e modificar as acções. O objectivo da formação docente é o de desenvolver as capacidades dos futuros professores para a acção reflexiva, o "espírito crítico" sobre a sua prática e sobre o contexto social e educativo vigente.
·         Formação Baseada na Pesquisa
O modelo de formação de professores baseada na pesquisa, visa preparar os futuros professores para serem investigadores das suas práticas pedagógicas, dos seus contextos de trabalho no sentido de os mesmos poder melhorar.
Modelos de formação de professores
Paradigma Conservador na Formação de Professores-Treinamento e Capacitação: formação= processo “de transmissão de conhecimentos científicos e culturais de modo a dotar os professores de uma formação especializada, centrada principalmente no domínio de conceitos e estrutura disciplinar da matéria em que é especialista.”, Preconiza a racionalização, a fragmentação e a visão linear da Ciência e, por consequência, influencia também a Educação.
Paradigma da Complexidade-Formação e Desenvolvimento Profissional de Professores: busca a superação da lógica linear e atende a uma nova concepção que tem como eixo articulador a totalidade e a interconexão, a formação de docentes para actuar no novo paradigma requer processos de qualificação contínua e que abordem uma visão crítica, reflexiva e transformadora.
Formação Sequencial: É uma variante da formação integrada. Neste caso a formação científica se dá de forma separada da formação pedagógica, embora esta seja dada na sequência da formação pedagógica.
Formação Dual: a formação científica e a formação pedagógica são entendidas como duas formações distintas, podendo com isto ocorrer em momentos muito diferentes.
Formação em Exercício: É destinada a professores em exercício. A formação pedagógica é feita nas próprias escolas, possibilitando uma articulação entre a teoria e a prática.
Sistemas de formação de professores
Tipos de Sistemas de formação de professores: unificada, integrada, alternada e em serviço
·         Unificada: refere-se ao sistema que possibilita formar professores para os diversos graus de ensino numa mesma instituição com os mesmos meios servindo objectivos gerais idênticos e utilizando um tronco comum de conhecimentos científicos e principalmente pedagógicos
·         Formação Integrada: considera os componentes científicos e pedagógicos na mesma formação, É um modelo mais técnico que valorizava tanto a licenciatura como a pesquisa.
·         Alternada: um modelo de integração de actividades profissionais no processo de formação, usa-se a estratégia da alternância de períodos de trabalhos na instituição de formação com outros de actividade profissional em situações reais
·         Formação em Serviço: É uma proposta derivada da formação em exercício. Neste caso, a formação é realizada em uma instituição superior de ensino.




RESOLUÇÃO DOS TESTES

QUESTOES-TPFP

1.      Definir o conceito formação
Formação é o conjunto de acções levadas a cabo com vista a transmissão de saberes, em particular, o saber-fazer.

2.      Disserte em torno do professor reflexivo, indicando a sua essência e o seu complexo papel de que a sociedade espera.
O professor reflexivo é aquele que ao se deparar com situações de incerteza, contextualizadas e únicas, recorre à investigação como uma forma de decidir e de intervir em tais situações. Ele apresenta capacidade de refletir sobre a própria prática docente, com o objetivo de compreender e interpretar a realidade social, obedecendo as etapas do conhecimento na ação, reflexão na ação, e a reflexão sobre a ação e sobre a reflexão na ação. Esta transformação crítica da prática e a solução dos problemas do quotidiano da sala de aula é o papel fundamental que a sociedade espera deste professor, visto que, requerem, além da atitude reflexiva o intercâmbio entre práticas da escola e contextos socioculturais mais amplos, evidenciando a necessidade de se compreender o ensino enquanto prática social e a actividade docente em seu significado político. Porém, a atitude reflexiva implicar-se-á na análise da prática quotidiana considerando as condições sociais em que ela ocorre.

3.      Esclarecer o contributo do Zeichner na formação de professores
Zeichner, teve um maior contributo na formação de professores, visto que, para ele um modelo de formação de professores baseia-se num conjunto de princípios e crenças acerca da natureza e objectivos da escola, do ensino, dos professores e da sua formação. Neste sentido abordou vários paradigmas da prática de formação de professores, com tantas concepções mas com um foco apenas, que é a formação de professores.

4.      Indicar os paradigmas de formação de professores
Zeichner, aponta os seguintes paradigmas de formação de professores:
ü  Paradigma Tradicional-Artesanal;
ü  Paradigma Comportamentalista;
ü  Paradigma Personalista;
ü  Baseada na pesquisa;
ü  O professor reflexivo.

5.      Apresente de forma crítica o seu ponto de vista sobre a actual situação do processo de formação de professores em Moçambique
Sendo o objetivo da formação docente, de desenvolver as capacidades dos futuros professores para a ação reflexiva, o espírito crítico sobre a sua prática e sobre o contexto social e educativo vigente. A formação docente, ao contrário de fornecer receitas, deve preparar para desenvolvimento de capacidades de análise junto aos alunos, escolas e sociedade. Em contra partida tem se verificado a fraca ligação da teoria com a prática docente. O professor deve orientar e encaminhar o conhecimento de forma livre, positiva e acolhedora, propiciando um ambiente democrático onde o aluno seja um sujeito activo, criando seu próprio conhecimento, tendo a sua participação actuante no contexto educacional. Para tal o futuro professor deve estar capacitado na superação da reprodução do conhecimento, para a produção do conhecimento, priorizando a criticidade, a autonomia, instigando à pesquisa, sendo produtor de seu próprio conhecimento, ocorrendo por meio da aliança das três abordagens, a holística, a progressista e o ensino com pesquisa tão significativas para a educação.

6.      Indique três tendências contrapostas propostas pelo Menze.
ü  A primeira advoga ser impossível aplicar o conceito «Formação» como linguagem técnica em educação, dada, fundamentalmente, a tradição filosófica que lhe é subjacente.
ü  A segunda tendência considera que o conceito «Formação» é utilizado para identificar ideias múltiplas e por vezes contraditórias uma da outra;
ü  A terceira tendência, Menze considera que a «Formação» não é um conceito geral que englobe a educação e o ensino, e tão-pouco a estes subordina-se. Para este autor, a educação é uma acção realizada a partir do exterior para contribuir para o desenvolvimento pessoal e social dos indivíduos, referindo-se geralmente aos indivíduos não adultos.

7.      Na conceptualização da formação Honore propôs três pontos de vista nomeadamente, pontos de vista social, evolucionista e institucional.
a)      Explique a tese do ponto de vista evolucionista na formação
Ponto de vista evolucionista (formação como um processo de desenvolvimento e restruturação da pessoa): isto é, a formação realiza-se permitindo uma maturação interna e garantindo possibilidades de aprendizagens de experiências nos sujeitos. Refere-se das evoluções que se espera do indivíduo desde a sua psicanálise, cognição, desenvolvimento intelectual e o bom realizar as actividades.
Ponto de vista social (formação como função social): Refere-se à transmissão de saberes, ao saber-fazer ou ao saber-ser  exercida em benefício do sistema sócioeconómico ou cultaral numa dada sociedade.
Ponto de vista institucional (formação como instituição): Nisto, quando nos referimos à estrutura organizacional que planifica e desenvolve as actividades de formação.

8.      Explique sobre a formação baseando-se em teoria da formação categorial. Inclua as três etapas fundamentais de reflexão, por essas destacadas. (Menze)
A teoria da formação categorial: é segundo a qual o processo de Formação é concebido como um processo dialéctico através de três etapas de reflexão:
ü  A primeira consiste no tratamento intuitivo e pragmático das coisas;
ü  A segunda no distanciamento da realidade para a poder captar e compreender;
ü  E a terceira – compreender o sentido das coisas.
Teoria da Formação Formal: Nesta entende-se a estruturação do conhecimento dum indivíduo através de conteúdos que o tornem capaz de aprender a aprender, sublinhando-se que esta visa, em primeiro plano, desenvolver no sujeito, os seus processos cognitivos, bem como as suas faculdades intelectuais. 
Teoria Dialogística da Formação: Segundo esta teoria o mais importante na formação é a auto-realização do indivíduo para a sua liberdade enquanto pessoa.
Teoria da Formação Técnica: Esta procura responder às necessidades da sociedade real, defendendo que através da formação o indivíduo aprende continuamente.

9.      Estabelece a diferença entre os sistemas tradicionais e actuais na formação de professores
Os sistemas tradicionais na formação de professores, trazem o formando como mero recebedor do conhecimento, o ambiente da formação é austero e conservador, a futuro professor é reprodutor dos modelos, o conhecimento é pronto e acabado, tornando-lhe um especialista. Em contra partida as novas abordagem ou paradigma actuais na formação de professores, o formador orienta e encaminha o conhecimento de forma livre, positiva e acolhedora, propiciando um ambiente democrático onde o formando seja um sujeito activo, criando seu próprio conhecimento, tendo a sua participação actuante no contexto educacional, propiciando o ensino com pesquisa que tem como objectivo principal a superação da reprodução do conhecimento, para a produção do conhecimento, priorizando a criticidade, a autonomia, instigando ao professor à pesquisa, à uma atitude crítica reflexiva.

10.  Em termos próprios defina formação de professores
É um processo sistemático e/ou contínuo, virado para o estudo dos processos através dos quais os professores em formação e em exercícios adquirem ou melhoram os conhecimentos, competências e disposições  relativas ao serviço da docência.

11.  Quem é Menze na conceptualização da formação de professores (origem e celebres realizações)
Kenneth M. Zeichner, Prof.da Univ. do Estado de Wisconsin - Madison-EUA, contribuiu bastante na conceptualização da formação de professores com a sua obra” A formação reflexiva de professores: idéias e práticas. Lisboa: Educa, 1993” onde são abordados vários paradigmas com tantas concepções com o foco único que é a formação de professores.

12.  Para o percurso histórico de formação inicial de professores em Moçambique Adriano Niquice fez uma abordagem dos modelos na trajectória de formação de professores no nosso país.
a)      Escolhe dois e faz uma análise comparativa e critico-construtiva, estabelecendo a possível relação entre estes.
Observando o modelo (7ª classe + 3 anos, de 1991 aos nossos dias), pode se tirar conclusões que os professores que abraçaram esta formação conseguiam uma boa bagagem metodológica, supõe-se que o tempo de preparação em termos metodológicos era suficiente para que ganhe habilidades e aptidões na prática docência. Um outro modelo que foi instituída com vista a responder a crescente demanda na rede escolar, o modelo (10ª + 1 ano, que entrou em vigor em 2008). Para este modelo, ainda vigente, o candidato deve possuir no mínimo 10ª Classe de escolaridade, do SNE ou o equivalente, com a média global igual ou superior a 12 (doze) valores ou possuir a 12ª Classe de escolaridade do SNE, mas sem exigência da nota mínima de 12 (doze). Este modelo suscita muitas reclamações no seio da sociedade pelo que os professores não têm respondido com competência técnica e pedagógica a educação dos alunos, se tomarmos em consideração que os professores quando ingressam no Instituto de Formação de Professores (IFP), trazem lacunas em termos de conhecimentos acerca dos conteúdos leccionados na classe prevista para o ingresso (10ªclasse) e as que a antecede. Para tal deve ser definida a formação de professores como processo de aquisição, assimilação, reconstrução e construção de conhecimentos científicos, desenvolvimento de habilidades, hábitos, convicções, atitudes, comportamentos, em suma, a competência que dá ao futuro professor o domínio de “bem-fazer” o seu trabalho.


13.  Explique a volta de uma das três tendenciais contrapostas do Menze dedicadas a definição do conceito formação.
NB: Já esta explicito no 6, desta resolução

14.  Na base de toda a formação podemos encontrar três polos aos quais ela se relaciona são eles: conhecimento, a situação e o sujeito.
a)      Explique a essência de cada um dos polos para o conceito Formação estabelecendo a respectiva relação entre estes e os três pontos de vista do Honore.
A epistêmica: (conhecimento) a dos conteúdos e métodos, é a lógica do conhecimento. É a “formação em” alguma coisa, a formação em pedagogia, por exemplo. Relaciona com o ponto de vista social, isto é, a formação como uma função social.
A socioprofissional: (situação) A lógica socioeconômica é aquela da adaptação aos contextos culturais ou profissionais. É a lógica das primeiras definições de uma formação profissional: é a “formação para” alguma coisa, tendo em vista uma adaptação à sociedade. Esta relaciona-se com o ponto de vista institucional, isto é, a formação como instituição.
A psicológica: (sujeito) é aquela da evolução do indivíduo, da mudança qualitativa. A mudança individual é pensada em termos psíquicos, em termos de crise, ruptura e superação. É a lógica de formação que leva o indivíduo a se questionar, a modificar suas práticas e seus modos de relação com o mundo. Relaciona-se com o ponto de vista evolutiva, isto é, a formação como um processo de desenvolvimento e estruturação da pessoa.

15.  Esclarece o quarto princípio de formação de professores, proposto pelo Garcia
O Quarto princípio é deintegração entre a formação de professores em relação aos conteúdos acadêmicos/disciplinares e a formação pedagógica dos professores”. Este princípio preconiza que aos processos da formação de professores deve ser estabelecida uma relação intríceca dos conteúdos científicos e dos conteúdos didático-pedagógico. Assim ter-se-á a diferença entre o professor e o especialista.

16.  Caracterize as etapas de Sikes na Teoria sobre ciclos vitais dos professores e localize-se nelas, sustentando a sua afirmação.
As etapas de Sikes na Teoria sobre ciclos vitais estão assim dispostos:
ü  1ª Fase: 21-28 anos - os problemas de disciplina que mais preocupam, devido a ausência de autoridade;
ü  2ª Fase: 28-33 anos - fase de estabilidade no posto de trabalho para uns e a procura de um novo emprego para outros. Nesta fase o professor começa a estar integrado no ensino do que no domínio do conteúdo.
ü  3ª Fase: 30-40 anos - os professores preocupam-se com promoções, relacionam vida pessoal e profissional, perdido de grande capacidade física e intelectual.
ü  4ª Fase: 40-50/55 anos - os professores já se adaptaram a maturidade, adaptando novos papéis na escola e no sistema educativo, recaem muitas responsabilidades.
ü  5 Fase: 50/55anos - fase de preparação da jubilação em que professores afrouxam a disciplina, assim como suas exigências face aos alunos.
Em termos de localização, encontro-me na 2ª Fase: 28-33 anos - fase de estabilidade no posto de trabalho para uns e a procura de um novo emprego para outros. Nesta fase o professor começa a estar integrado no ensino do que no domínio do conteúdo. Visto que enquanto estiver na fase de preparação, de treinos, o objectivo de ganhar segurança na prática da docência e ainda a procura do mercado de emprego, nisto deve ser privilegiado o ensino.

17.  Analisando os sistemas tradicionais de formação de professores, apresente os seus prós (vantagens) e contras (desvantagens).
Os sistemas tradicionais de formação de professores seguia o modelo de racionalidade técnica, baseia-se na listagem de rotinas necessárias à vida docente nas escolas sem vivências supervisionadas e problematizadas em situações concretas de ensino- aprendizagem. Apoia-se na cultura de conhecimentos teóricos para aplicação posterior na prática. O professor é entendido como um especialista que aplica as regras do conhecimento científico às situações idealizadas para a sala de aula. Isto quer dizer que, o professor era preparado como executor técnico das tarefas planeadas por especialistas.
Vantagens:
ü  Promover uma formação puramente moral e intelectual;
ü  Tinha como oco apenas a cultura;
ü  Cumprimento serrado das normas, programas de ensino.
Desvantagens:
ü  Lapidar o aluno para com vivência social;
ü  Os problemas resguardados apenas a própria sociedade;
ü  Os conteúdos são passados como verdades absolutas, sem chances de questionamentos ou levantamento de dúvidas em relação a sua veracidade;
ü  O que esta no currículo é transmitido, sem interferências ou perda de tempo;
ü  Uso da exposição na preparação do aluno, o oco principal é na resolução de exercícios e na memorização das fórmulas e conceitos;
ü  A relação do professor-aluno é marcada pelo autoritarismo
ü  Os pressupostos da aprendizagem são fundamentos da receptividade dos conteúdos e na mecanização de sua recepção;
ü  A avaliação também era mecânica e ocorre por meio de resolução de tarefas enviadas para casa, provas arguitivas e escritas.

18.  Disserte em torno da importância da formação de professores e aproveite esclarecer os principais conceitos a ela inerentes (profissionalismo, a profissionalidade, a tecnicidade e a vocação).
A formação de professores é importante na medida em que desenvolve as capacidades dos futuros professores em habilidades, hábitos, convicções, atitudes, comportamentos, em suma, a competência que dá a eles o domínio de “bem-fazer” o trabalho da docência. Nisto, devem ser observados alguns conceitos principais inerentes a formação de professores: O profissionalismo (diz respeito à natureza e à qualidade do trabalho); A profissionalidade (constitui conjunto de requisitos profissionais, que lhe torne professor); A tecnicidade (saberes específicos da profissão “acção pedagógica”); A vocação (maneiras de definir uma profissão “a auto-regulação”).
Profissionalismo diz respeito à natureza e à qualidade do trabalho dos professores, Refere-se, como ao desempenho competente e compromissado dos deveres e responsabilidades que constituem a especificidade de ser professor e ao comportamento ético e político expresso nas atitudes relacionadas à prática profissional”
Profissionalidade constitui conjunto de requisitos profissionais que tornam alguém um professor, uma professora”
Tecnicidade são saberes específicos da profissão, e podem ser concebidos em referência a dois princípios: a obstinação didáctica e a tolerância pedagógica" acção pedagógica é, ao mesmo tempo, um esforço incessante de renovação para se inventar dispositivos didácticos sempre mais eficazes na ordem das aprendizagens e, ao mesmo tempo, a aceitação de que a organização didáctica mais sofisticada sempre encontra um limite inevitável: a liberdade do sujeito aprendiz
Vocação são maneiras de definir uma profissão: “competência, vocação, licença, independência e auto-regulação”.